Muitas pessoas vivem “na sede” de conhecer músicos novos, mais recentes, para renovar seu gosto musical. Com as redes sociais, a música se democratizou como um todo. Nos últimos anos, os mais diversos artistas – dos mais diversos estilos – conquistaram um grande público somente a partir de mídias digitais. As gravadoras perderam força e os independentes conquistaram uma fatia importante do mercado fonográfico. Por isso, existem muitos artistas jovens participando de ótimas cenas, mas que não chegam aos grandes holofotes mundiais. O Frango Xadrez separou 5 artistas novos para você refrescar seu estilo musical:
1 – Alvvays
A banda canadense Alvvays foi formada em 2011, em uma cidade pequena a Sudeste de Ottawa. É formada, atualmente, por: Molly Rankin, nos vocais; Kerri MacLellan, nos teclados; Alec O’Hanley, tocando guitarra; Sheridan Riley na bateria e, por último mas não menos importante, Abbey Blackwell no baixo.
Desde sua fundação, lançaram 3 álbuns: Alvvays (2016), Antisocialites (2018) e, depois de um hiato, Blue Rev (2022). O último fez que a banda ganhasse um certo destaque no ano passado. Ele conquistou os críticos e foi eleito o terceiro melhor álbum de 2022, pela Pitchfork. Isto foi o suficiente para que os novos artistas crescessem seus horizontes e aumentassem o tamanho de sua turnê. Passaram pelo Brasil no final do ano passado, no Festival Balaclava.
As garotas e garotos tocam um indie-rock poderoso, que atualiza estilos conhecidos nas décadas passadas. A voz doce e potente de Molly se combina com letras amorosas e passionais. Caso goste de Depache Mode ou Arctic Monkeys, vale a pena dar uma chance ao Alvvays.
2 - Japanese Breakfast
Michelle Zauner comanda o grupo desde 2013, quando ainda fazia parte de uma outra banda. Zauner é sul-coreana, nascida em Seul mas formou seu projeto solo na Filadélfia, nos Estados Unidos. Ela aprendeu a tocar guitarra com 15 anos e, desde então, não larga o instrumento. A cantoria veio pouco tempo depois, nem sempre tão boa, mas sempre aprendendo. Já compunha na época e não tinha um apoio familiar para seguir a carreira.
Bom, ainda bem que nem sempre as pessoas escutam o que o ciclo familiar diz. Michelle continuou aprendendo e já tem 3 discos lançados pela Japanese Breakfast: Psychopomp (2016); Soft Sounds from Another Planet (2017) e Jubilee (2021). Os dois mais recentes estão nos Top 50 melhores álbuns de seus respectivos anos, na Rolling Stone.
A Japanese Breakfast faz parte do circuito indie-pop, carregando elementos de lo-fi, psicodelia, dream pop e, até mesmo, música típica coreana. Fãs de Kate Bush e Florence + The Machine devem aproveitar o som de Michelle.
3 - Beabadoobee
A filipina Beatrice é a mais nova dessa lista, tanto de idade, como de carreira. Tem 20 anos e lançou seu primeiro single em 2016, com apenas 16 anos de idade. Cresceu em Londres e aprendeu a tocar violino e violão durante sua adolescência. A composição – da mesma forma que a vocalista do Japanese Breakfast – veio junto e já fazia parte da rotina da musicista.
Depois de 5 EP’s, divulgou seu primeiro álbum: Fake It Flowers, de 2020. Com um rock alternativo reformulado, bea fez o 39º melhor disco daquele ano, para a Rolling Stone. O segundo e último CD – por enquanto – Beatopia, não foi tão bem recebido na crítica, mas lançou os maiores sucessos dela. Mais uma vez, carrega elementos do alt-rock, porém, dessa vez, com pitadas de dream-pop R&B.
Bea já tem parcerias com cantores mais famosos – como The 1975 e Taylor Swift – e é uma artista de mão cheia. Nas suas letras, brinca com a sexualidade, sexismo e sensualidade. Fala, também, sobre amizades, religião e família. Uma boa opção para quem gosta de Avril Lavigne e Phoebe Bridgers.
4 - Ana Frango Elétrico
A carioca respira música desde a infância. Aprendeu a ler partitura e tocava um pouco de piano clássico aos 7 anos. Tocou na escola de música Villa Lobos, no centro do Rio de Janeiro. Ela é mais uma que começou suas letras ainda quando jovem, mas sem nenhuma obrigação. A ideia dela era, a princípio, trabalhar com artes plásticas ou fotografia, mas os shows e palcos a conquistaram.
Tem dois discos de estúdio publicados: Mormaço Queima (2018) e Little Electric Chicken Heart (2019). O primeiro teve recepção mista, mas apresentou o estilo MPB, Punk e o Pop-Rock psicodélico de Ana para o Brasil. No segundo, ela aprimora o que já havia sido apresentado. LECH foi classificado como um dos álbuns de 2019 que precisavam ser ouvidos, também pela Rolling Stone.
Ana faz uma alquimia extremamente agradável aos ouvidos. A mistura de estilos famosos da música brasileira cria uma artista mágica, basicamente. Por outro lado, sua música mais “branda” pode incomodar alguns. Funciona para pessoas que aproveitam o b-rock dos anos 80 e a clássica MPB
5 - Blossoms
Blossoms é uma banda britânica, que surgiu na região metropolitana de Manchester, em 2013. O quinteto é formado por: Tom Ogden nos vocais, guitarra e piano; Charlie Salt, no baixo; Josh Dewhurst, na guitarra; Joe Donovan na bateria e Myles Kellock nos teclados.
Os novos artistas começaram a fazer sucesso com a canção You Pulled a Gun on Me, a qual contava com um clipe produzido com 60 libras. Em 10 anos de banda, lançaram 4 discos : Blossoms (2016), Cool Like You (2018), Foolish Loving Spaces (2020) e Ribbon Arround The Bomb (2022). A NME classificou o primeiro como um dos melhores discos de 2016. Desde então, Blossoms se tornou uma das bandas mais influentes do Reino Unido.
Oasis e Stone Roses, referências do britpop, são grandes influências para os garotos. Então, quem é fã de ambas as bandas, terá um bom momento ouvindo Blossoms. Além disso, tem um new wave que relembra Pet Shop Boys, Smiths, The Cure e por aí vai.
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