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Oscar 2025: Saiba quais foram as narrativas escolhidas pela academia nas últimas edições

Com os indicados ao Oscar 2025, os olhos do mundo se viraram em direção a categoria de “Melhor Atriz”. Fernanda Torres e Demi Moore são apontadas como as favoritas a levar ao prêmio, e um fator de desempate pode ser a narrativa que a academia irá abraçar este ano. 

Por ser o maior prêmio da indústria cinematográfica, o Oscar escolhe quais histórias quer contar para o mundo todo. Em cada ano, a academia elege entre os indicados aqueles que passam mensagens que se assemelham ao viés escolhido.

Oscar 2020 e as produções internacionais

Parasita (2019)
Divulgação/ CJ Entertainmen

O começo da década trouxe um marco para a história da premiação com Parasita levando a categoria de “Melhor Filme”. O longa sul coreano causou uma grande reviravolta ao sair da cerimônia com quatro prêmios, incluindo “Melhor Roteiro Original” e “Melhor Direção”. 

A escolha veio em um período de renovação da academia, que depois de diversas críticas sobre falta de inclusão, decidiu no mesmo ano adotar critérios para garantir uma maior diversidade entre os votantes. 

Desde então, a indústria tem levado em maior consideração as produções faladas em línguas não-inglesas. A prova é o reconhecimento de Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui nas premiações de 2025.

Oscar 2022 e o vencedor “fora da curva”

(Divulgação/Prime Vídeo)

Entre o tapa de Will Smith em Chris Rock e a primeira vitória da Netflix com Ataque dos Cães, poucos se lembram que No Ritmo do Coração saiu como o grande vencedor da cerimônia de 2022.

O filme da Apple TV com uma narrativa simples, sem grandes inspirações visuais e com um roteiro que chegou a ser chamado de “filme de sessão da tarde” cresceu durante a campanha para o Oscar e bateu grandes concorrentes, como Duna e Belfast. 

Apesar de não haver um consenso pelo motivo da vitória, o que se tira do prêmio de No Ritmo do Coração é que a academia optou pela simplicidade. A frase da campanha “Impossível não amar” levou os votantes a assistirem ao filme após a indicação e escolherem sua história inspiradora e amorosa no lugar de algum Oscar Bait. A trajetória do filme, inclusive, acendeu a esperança pela nomeação de Ainda Estou Aqui.

Oscar 2023 e as jornadas

(Divulgação)

Se há um Oscar com narrativas completamente desenhadas, essa é a edição de 2023, e dessa vez quem brilhou foram os atores.

Michelle Yeoh foi a primeira mulher asiática a conquistar o prêmio de “Melhor Atriz” por Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, algo que por si só já dá uma bela narrativa e conversa com as tentativas de inclusão pós-parasita.

Porém, para além disso, a artista foi prestigiada aos 60 anos, em uma indústria que descarta mulheres mais velhas. Algo semelhante aconteceu com Jamie Lee Curtis na categoria “Melhor Atriz Coadjuvante”, que recebeu o Oscar com 64 anos, além de superar a imagem que foi atrelada a ela de atriz de filmes “pipoca” e de terror. 

Já em “Melhor Ator Coadjuvante”, quem brilhou foi Ke Huy Quan, emocionando o público com seu discurso ressaltando que o prêmio veio após a retomada de sua carreira, que ele acreditava estar encerrada após protagonizar filmes em sua infância. 

Mas a história mais emocionante da noite talvez tenha sido a de Brendan Fraser vencendo a categoria “Melhor Ator” por A Baleia. O artista, que passou anos afastado da indústria devido aos abusos que sofreu de Philip Berk, então presidente da Hollywood Foreign Press Association, voltou à indústria e emocionou a todos com o merecido reconhecimento. 

E qual a história de 2025?

(Divulgação)

Pela primeira vez em anos, a edição de 2025 não tem grandes favoritos, mas já é possível desenhar um cenário a partir das narrativas que algumas indicações contam. 

Caso o Oscar siga os passos do Globo de Ouro e nomeie O Brutalista como “Melhor Filme”, a academia estaria escolhendo ressaltar uma trama que traz questões sobre imigrantes, um ponto em voga na política norte-americana graças às decisões do presidente Trump após sua eleição. Nesse caso, Emilia Pérez poderia ganhar certos favoritismos, mas também daria uma maior chance à Fernanda Torres. 

Para além da questão imigratória, Torres ainda traz a história do legado, de ser a segunda brasileira indicada, sendo que a primeira foi sua mãe, Fernanda Montenegro. Aliás, a história da filha seguindo os passos da mãe 25 anos depois ainda serve para “vingar” o prêmio perdido do Brasil. 

Por outro lado, os votantes podem trilhar o mesmo caminho de 2023 e eleger Demi Moore por sua história de superação. A atriz fez um discurso potente ao receber o Globo de Ouro na categoria “Melhor Atriz em Comédia ou Musical”, em que ressaltou as diversas caixinhas que a indústria a colocou ao longo dos anos: a de uma atriz que nunca participaria de grandes projetos e ainda ser descartada à medida que envelhecia. Para adicionar, A Substância, um filme que já está sendo prestigiado pela academia, serve como um espelho de sua carreira. 

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